Eu te vejo muito tristonho
Meu belo pardal confidente e amigo
Tão calado estas tu que sempre falaste comigo
Tu que sempre entraste até no meu sonho...
Estou muito triste amigo João
Venho do Cabo das Esperanças
E na bagagem trago poucas esperanças
As baleias são mortas que dói o coração...
E na terra a vida dos pacíficos elefantes
Não está nada fácil, dizem que é o fim
Todo por motivo apenas dos dentes de marfim
O mundo esta a perder os últimos gigantes
Pardal o mundo sempre foi assim
Que te espanta agora de deferente
O Homem por ser sempre carente
Plantas e animais e até ele próprio dá o fim!
A minha tristeza é ver, meu amigo
A nossa pouca voz entre os humanos
De crimes acusados e condenados por anos,
Por defenderem o mundo do perigo!
João Furtado
Praia, 15 de Setembro de 2010
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